O VHS morreu! Vivam as cassetes VHS!

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A derradeira fábrica ainda a produzir as outrora famosas cassetes de vídeo VHS anunciou esta semana o fim da produção das míticas “fitas magnéticas” de som e…

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A derradeira fábrica ainda a produzir as outrora famosas cassetes de vídeo VHS anunciou esta semana o fim da produção das míticas “fitas magnéticas” de som e imagem. Pouco menos de um ano após a Sony ter anunciado o fim das “primas” Betamax, a Funai Eletronics vai colocar um ponto final parágrafo na linha de montagem das cassetes VHS neste mês de julho.

A Funai era o último fabricante conhecido de cassetes VHS depois do abandono da gama pela Panansonic, mas a fraca procura deste suporte de som e imagem e a limitada oferta de componentes para estes dispositivos analógicos não deixaram grandes hipóteses ao futuro do negócio.

“Uma companhia que fazia alguns componentes para nós disse ser muito difícil continuar a produzi-los com as vendas a este nível. Isto obrigou-nos a decidir: não podemos produzi-las (as cassetes) sem este componente”, informou a Funai, que chegou a vender cerca de 15 milhões de unidades por ano na crista da onda do mercado VHS, mas no ano passado não passou das 750 mil cassetes.

O início da produção destas cassetes pela Funai datava de 1983, cerca de 5 anos após o sistema ter sido lançado pela também fabricante japonesa JVC. A produção da Funai começou na China e tinha como destino preferencial o mercado dos Estados Unidos.

A sigla reduz a três letras a expressão inglesa “Video Home System”: sistema doméstico de vídeo. Fez as delícias de muitas crianças e até famílias inteiras um pouco por todo o mundo nos anos 80 e 90. Levando a reboque a venda de leitores de VHS, o negócio dos clubes de vídeo revelou-se mesmo um dos mais rentáveis em Portugal no final da década de 80.

Nunca ultrapassado pela concorrência do sistema Betamax, ou simplesmente Beta — umas cassetes um pouco mais pequenas, com melhor qualidade mas também mais caras e com menor duração disponível —, o VHS foi aos poucos perdendo terreno para a melhor qualidade dos discos óticos. O LaserDisc, primeiro, não teve grande recetividade, mas o DVD no final dos anos 90 e mais tarde o Bluray acabaram por dominar o mercado dos suportes de vídeo para uso doméstico.

O VHS acaba por sucumbir, agora, de vez, já na era do “streaming” e do VOD (“Vídeo on Demand”: vídeos por encomenda em linha). O VHS morreu! Vivam as cassetes VHS! Na plataforma de comércio pela internet eBay, algumas já estão a ser compradas por colecionadores por milhares de euros.

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