As posições de Donald Trump sobre os tratados comerciais podem ser uma benção para a China.
As posições de Donald Trump sobre os tratados comerciais podem ser uma benção para a China.
Pequim, excluída da Parceria Transpacífico (TPP) liderado pelos Estados Unidos, vai procurar obter apoio para criar uma zona de livre comércio na Ásia Pacífico. Isso permitiria à China impulsionar o crescimento económico e reforçar a influência regional.
#TPP looking dead in the water with #Trump win. Creates space for #China & its own #OneBeltOneRoad regional economic expansion push.
— Robert Ward (@RobertAlanWard) 10 de novembro de 2016
A operação diplomática começará já na cimeira da APEC, no Peru, no final do mês. O presidente chinês deverá em seguida visitar vários países sul-americanos.
Segundo secretário de Estado chinês dos Negócios Estrangeiros, Li Baodong, “a China acredita que se deve implementar um novo plano de trabalho para responder às expectativas da indústria, sustentar o impulso e estabelecer em breve uma área de livre comércio na Ásia Pacífico”.
A Parceria Transpacífico, entre os Estados Unidos e 11 países da Ásia-Pacífico, foi assinada oficialmente este ano e tem ainda de ser ratificada.
Mas, durante a campanha, Donald Trump manifestou-se contra o acordo e disse que iria fazer face à política comercial da China: “Vamos resistir à China, retirar-nos do Acordo de Parceria Transpacífico, que é outro desastre, e proteger todos os últimos empregos americanos”.
Trump, que acusa a China de “dumping” comercial, ameaçou impor taxas aduaneiras de 45% aos produtos chineses.
Os analistas estimam que poderá afetar as exportações chinesas em 10%, mas também provocar uma retaliação de Pequim e uma guerra comercial entre os dois países.