França: Fillon vence Juppé em debate da segunda volta

Fillon vence Juppé no debate da segunda volta das eleições primárias conservadoras de França e coloca-se numa posição privilegiada para se tornar no candidato do centro-direita à presidência.

Uma sondagem relâmpago mostrou que o eleitorado conservador gostou mais da atuação de François Fillon no debate.

A preferência de Putin sobre Fillon, foi uma das armas de Juppé.

“É a primeira vez, penso eu, que num debate da política francesa, o presidente russo escolhe o seu candidato, isso surpreendeu-me de alguma forma. Eu vi na televisão e surpreendeu-me um pouco”, declarou Juppé

Fillon explicou a suas ideias para a Rússia. Disse que “o que simplesmente pede é sentarmos numa mesa com os russos – sem pedir o acordo dos americanos — e com eles tentar criar uma ligação, se não for confiança, então alguma coisa que nos permita ligar a Rússia à Europa”.

Sobre a política interna, os dois defendem cortes na despesa pública e aumento da idade da reforma.

“Com este projeto, em dois anos podemos resolver o problema. Em cinco anos, podemos reduzir o desemprego, significa, ficarmos mais próximos do pleno emprego, como os nossos vizinhos e em dez anos podemos ser novamente a maior potência da Europa”, declarou Fillon.

Alain Juppé ne veut pas vraiment changer les choses, il s'inscrit dans un système qu'il veut améliorer. Moi je veux redresser notre pays.

— François Fillon (@FrancoisFillon) 24 de novembro de 2016

“A França vai precisar de um presidente forte, um presidente que em primeiro lugar, esteja decidido a fazer reformas, reforma corajosas, reformas que não sejam brutais”, argumentou Juppé.

Supprimer 500 000 emplois, ça veut dire ne recruter aucune infirmière, aucun policier. Cela n'est pas réalisable #JuppéGagnant#LeGrandDébat

— Alain Juppé (@alainjuppe) 24 de novembro de 2016

Fillon assume cortes mais drásticos do que Juppé, no entanto tem a preferência dos eleitores franceses – filiação partidária à parte – já que uma sondagem dá-lhe 57% das intenções de voto contra 41 por cento de Juppé.

A batalha nas urnas entre os dois antigos primeiros-ministros decorre este domingo.