Chanceler alemã falhou conversações com outras forças políticas, quando passam mais de dois meses das eleições federais.
Mais de dois meses depois das eleições Federais na Alemanha, os sociais-democratas do SPD (centro-esquerda) deram início a uma série de encontros com os conservadores da CDU-CSU de Angela Merkel, com o objetivo de ultrapassarem a incerteza política em que vive mergulhada a primeira economia da zona euro.
Merkel espera muito desta aproximação ao partido de Martin Schulz, o segundo candidato mais votado nas eleições, depois de ter perdido votos para a extrema-direita do partido Alternativa para a Alemanha (AFD).
Schulz avisou, depois das eleições, que o SPD iria ser "o primeiro partido da oposição", rejeitando assim, na altura, uma segunda experiência de coligação central, como a formada entre SPD e CDU, em 2013.
Falhanço de outras negociações
No entanto, depois do falhanço das conversações entre Merkel e outras forças políticas, a Chanceler não teve outra opção e aproximou-se de Schulz.
O encontro teve lugar depois de conhecidas algumas condições impostas pelos sociais-democratas: Merkel deverá fazer concessões a nível das prestações sociais.
Os media alemães dizem que Martin Schulz deverá insistir na necessidade de aumentar os gastos com a educação e de que seja implementada uma reforma dos sistemas de saúde.
As principais preocupações de Merkel incluem reduzir os gastos e os impostos, assim como o desenvolvimento da economia digital.
Para além de Angela Merkel e Martin Schulz, esteve presente também o líder da CSU bávara, Alexander Dobrindt.
Uma segunda opção é a chamada KoKo (das palavras em alemão coligação de cooperação), sistema segundo o qual os sociais-democratas poderiam acordar trabalhar em conjunto com Merkel em certas áreas, como o orçamento de Estado e os Negócios Estrangeiros.