Numa profunda crise com as instituições europeias, que se agravou em dezembro, o governo da Polónia iniciou 2018 com um ato político de desafio a Bruxelas.
Ao escolher a Hungria para a primeira visita bilateral, o primeiro-ministro da Polónia quis mostrar solidariedade e apreço na luta contra o que consideram ser uma ingerência na soberania dos dois países.
Poland’s new premier meets with Hungary’s Viktor Orban in Budapest on Wednesday (3 January) in a show of solidarity against EU criticism of their countries’ joint backtracking on democratic values and the rule of law.https://t.co/ptrr9kB6Ub
— Visegrad Insight (@VisegradInsight) January 3, 2018
Questionada pela euronews sobre o facto, a porta-voz do executivo comunitário, Mina Andreeva, disse que “a Comissão Europeia encoraja sempre o diálogo. É exatamente com esse espírito que o presidente Juncker convidou o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, a visitar Comissão Europeia. Essa visita está marcada para 9 de janeiro”.
#Orbán#Morawiecki press conference in #budapest, #hungary. Two #eu countrues no EU flag. pic.twitter.com/Xh1pD4Z8rK
— Attila Póth (@Attila_Poth) January 3, 2018
O líder da Hungria promete vetar a invocação do artigo 7 do Tratado da União Europeia contra a Polónia, quando este processo, iniciado pela Comissão Europeia, chegar aos chefes de Estado e de governo.
Em causa estão acusações de violação do Estado de direito por causa da reforma judicial na Polónia. A Hungria é, também, acusada por Bruxelas de deriva autoritária em várias leis.
Os dois países são, ainda, aliados na política de migração e asilo, que querem restringir ao máximo.