O escândalo da alegada utilização de dados de utilizadores do Facebook para fins políticos levou a UE a convidar Zuckerberg a explicar-se.
Bruxelas convidou Mark Zuckerberg para ir explicar, aos eurodeputados, a alegada utilização indevida de informação de utilizadores do Facebook para ajudar Donald Trump a ganhar as presidenciais norte-americanas. Comissão e Parlamento europeus condenam esta ação se se confirmar que, de facto, aconteceu.
"Do nosso lado, continuamos por um lado a seguir este caso, por outro a afirmar alto e claro que para nós a proteção de dados pessoais é um valor inegável da União Europeia. E com as ferramentas de que dispomos faremos das palavras atos", explica Mariya Gabriel, comissária europeia para a Economia e Sociedade Digital.
Através da sua conta de Twitter a comissária europeia para a Justiça e consumidores afirma que a confirmar-se esta situação é "horrível", adianta a comissária europeia encarregada da Justiça e dos Consumidores, Věra Jourová.
Já o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, acrescenta que uma violação desta índole é inaceitável e garante que serão pedidas contas às plataformas digitais".
Mas este tipo de situações trás muitos perigos:
"Detetámos que há, pelo menos 52 mil padrões segundo os quais somos classificados. O que significa que se eles foram bem-sucedidos sabem mais sobre si do que imagina, mas esta padronização pode ser feita de forma errada. E as empresas vão discriminá-lo, tratá-lo de maneira diferente, de uma forma que não corresponde à sua personalidade", explica Giovanni Buttarelli, Supervisor da Proteção Europeia de Dados.
Entretanto o Presidente da empresa Cambridge Analytica, que está no centro deste escândalo, foi suspenso pelo conselho de administração.