A porta-voz da Comissão para a política externa, Maja Kocijancic, sublinhou que o último escrutínio que reconduziu Nicolás Maduro na presidência, "não foi livre nem credível". A Venezuela enfrenta uma profunda crise política e económica.
A União Europeia reiterou, esta terça-feira, o apelo para que se realizem novas eleições presidenciais na Venezuela.
A porta-voz da Comissão para a política externa, Maja Kocijancic, sublinhou que o último escrutínio que reconduziu Nicolás Maduro na presidência, "não foi livre nem credível".
Na quinta-feira, Maduro presta juramento para um novo mandato à frente do país perante a Supremo Tribunal de Justiça e não perante a Assembleia Nacional. O Parlamento venezuelano, assim como grande parte da comunidade internacional, não reconhece legitimidade ao líder chavista.
A Venezuela enfrenta, há vários anos, uma profunda crise política e económica, agravada por sanções impostas, em especial, pelos Estados Unidos da América e pela União Europeia.
Uma inflação galopante e a falta de mantimentos levam os venezuelanos ao desespero.
"Antes, se fizesse um bom plano de poupança, seria suficiente para qualquer coisa e agora não. Só posso comprar cinco ou seis produtos, no máximo, e nada mais. Temos de esquecer os sapatos, esquecer as camisas, esquecer a roupa interior, esquecer seja o que for. Não chega para praticamente nada", refere um venezuelano.
A falta de água, eletricidade, medicamentos e médico levou à pior crise na saúde pública da história da Venezuela.
Entre 2012 e 2017, pelo menos metade dos médicos venezuelanos abandonaram o país.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas, cerca de dois milhões e trezentas mil pessoas abandonaram a Venezuela desde 2015.