A reciclagem dos materiais compósitos na UE

Em parceria com The European Commission
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De  Euronews
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Investigadores italianos conceberam um protótipo para triturar materiais compósitos que faziam parte de turbinas eólicas.

Investigadores italianos conceberam um protótipo para triturar materiais compósitos que faziam parte de turbinas eólicas.

A reciclagem de objetos que integram diferentes materiais é um verdadeiro desafio técnico. É necessário encontrar soluções inovadoras para separar e triturar os diferentes componentes para que possam voltar a ser usados, de modo a criar uma economia circular.

"O principal desafio é controlar todo o processo. É preciso um equipamento que permita a otimização da produção para que o material possa ser reutilizado facilmente. Precisamos também de monitorizar o processo do ponto de vista energético. O equipamento foi concebido para ser o mais eficiente possível, de modo a reduzir o consumo de energia e da carga que temos de aplicar nos diferentes processos mecânicos", explicou Nicoletta Picone, engenheira ambiental do Instituto Italiano de Investigação Científica.

A pesquisa italiana integra o projeto europeu Fibereuse que visa aumentar a reciclagem de materiais compósitos na UE.

O desafio da economia circular

A fábrica italiana Rivierasca usa as fibras de vidro recicladas para fazer materiais de construção, numa lógica de economia circular. A fibra de vidro reciclada é ligeiramente menos resistente que a fibra de vidro convencional. Mas há soluções para contornar o problema.

"A tecnologia que desenvolvemos permite-nos adicionar novas fibras de vidro ao processo de fabrico, o que nos permite compensar uma eventual falta de resiliência das fibras de vidro recicladas. É claro que tudo vai depender do tipo de produto fabricado. Uma mesa de fibra de vidro não implica as mesmas exigências que uma chapa de telhado exposta ao vento", explicou Giacomo Bonaiti, presidente da empresa familiar italiana.

A fábrica italiana é uma das parceiras do projeto europeu Fibereuse.

A ideia é conceber produtos com valor acrescentado a partir do que é considerado desperdício, ou seja trata-se de criar uma economia circular, o mais eficiente possível.

"A própria otimização é diferente em função do processo mecânico de moagem, do tipo de transporte do desperdício, da superfície de tratamento ou das fibras extraídas. Tudo depende do processo em causa", disse Essi Sarlin, cientista de Materiais, da Universidade de Tempere.

Um dos objetivos do projeto europeu Fibereuse é definir novas aplicações indistriais para os materiais reciclados.

"Um certo número de empresas alemãs já está a conceber novas partes para automóveis a partir deste desperdício compósito. Essas peças devem ser facilmente separáveis para ser retiradas e colocadas imediatamente, o que permite recuperar o material e reutilizá-lo na sua função original" sublinhou Marcello Colledani, engenheiro mecânico e coordenador do projeto europeu Fibereuse.

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