A situação económica do país tingiu níveis alarmantes: uma inflação atualizada de 50% e taxas de juros de referência na ordem dos 70%. O país chegou a um acordo de défice zero com o Fundo Monetário Internacional, o que levou à união dos sindicatos contra o Governo.
Uma greve geral paralisou, na quarta-feira, a Argentina.
Convocado pelos principais sindicatos do país, o protesto dos trabalhadores visou as medidas de austeridade apresentadas pelo presidente Mauricio Macri.
O cenário repetiu-se por toda a Argentina. As cidades ficaram desertas, os autocarros e os comboios não circularam. Todos os voos foram cancelados, as escolas permaneceram encerradas e nos hospitais apenas funcionaram os serviços de urgências.
A popularidade de Mauricio Macri entrou em queda livre, nos últimos meses, devido à situação económica do país, que atingiu níveis alarmantes: uma inflação atualizada de 50% e taxas de juros de referência na ordem dos 70%.
O país chegou a um acordo de défice zero com o Fundo Monetário Internacional, o que levou à união dos sindicatos contra o Governo.
Porém, mais do que a clássica reivindicação salarial, a greve é também político-partidária: os líderes sindicais jogam abertamente a favor de alguma alternativa opositora ligada ao peronismo nas próximas eleições de outubro.