Diplomatas do país impedidos de entrar no quartel-general da Aliança Atlântica, Afeganistão e China também estarão em destaque na reunião desta tarde
No quartel-general da NATO, em Bruxelas, está tudo a postos para a reunião desta tarde, de fora ficarão os diplomatas da Bielorrússia. Apesar de não ser um membro da Aliança Atlântica, o país tem representação diplomática na organização desde 1998 e a decisão de impedir o acesso às instalações surge como resposta ao desvio de um voo comercial para prender um opositor ao regime de Lukashenko. A reunião junta ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros e apesar de as relações com Minsk, e por consequência Moscovo, constituírem o prato forte, não são a única atração do menu.
A retirada de tropas dos Estados Unidos e da NATO do Afeganistão faz crescer as preocupações em torno de um regresso dos talibãs ao poder. A violência tem vindo a crescer nos últimos meses e apesar da aliança militar ter dado por concluída a sua missão no país, não deixa de acompanhar com atenção a situação no terreno.
Jens Stoltenberg admite que "o Afeganistão tem desafios sérios pela frente" mas sublinha que "a única forma de conseguir paz no país é com um processo inteiramente liderado e gerido por afegãos".
A questão dos direitos humanos também estará em cima da mesa esta tarde em Bruxelas. O Secretário-geral da NATO aponta o dedo a Pequim e não hesita em dizer que "a China não partilha os nossos valores, não acredita na democracia. Não acredita na liberdade de expressão nem de imprensa e vemos como oprime as suas minorias."
A reunião desta terça-feira será um aperitivo para a cimeira que irá juntar chefes de Estado e Governo da NATO a 14 de junho. A primeira que contará com a presença de Joe Biden e que servirá para fazer um ponto da situação nas relações transatlânticas após quatro anos tumultuosos com Donald Trump na Casa Branca.