Cimeira Mundial Austríaca discute clima

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Evento, organizado pelo ator Arnold Schwarzenegger, reúne políticos, empresários e ativistas ambientais de todo o mundo para discutir alterações climáticas e desafios

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Como aliar desenvolvimento tecnológico e sustentabilidade?

Na Cimeira Mundial Austríaca, em Viena, a Apple reiterou que o trabalho em matéria climática na Europa não será prejudicado pelas batalhas legais contínuas com a União Europeia (UE) sobre o que Bruxelas considera ser práticas competitivas desleais.

Em declarações à Euronews, a vice-presidente da gigante tecnológica, Lisa Jackson, disse que a empresa já é neutra em carbono e que os esforços estão agora concentrados em tornar a cadeia de abastecimento mais verde até 2030: “O nosso compromisso com a sustentabilidade, para sermos neutros para o clima, com a economia circular, é verdadeiro. Não estamos a recuar, não está condicionado a quaisquer outras discussões que possamos estar a ter com governos europeus."

A Apple está agora a usar robôs para reciclar iPhones e outros produtos, para reutilizar componentes, metais e minerais que ainda são extraídos em países como a República Democrática do Congo.

Paralelamente aumentam as preocupações com o trabalho infantil e as condições dos trabalhadores.

"Práticas éticas de trabalho e ambientais em todo o mundo: É a maneira inicial de fazer negócios. A Apple quer ir mais além e ser a líder corporativa, não só na obtenção de materiais, mas também na reciclagem e reutilização dos mesmos. Porque esses materiais são preciosos", ressalvou Lisa Jackson.

A vice-presidente da Apple foi a Viena para receber um prémio de reconhecimento da empresa como líder em clima, na Cimeira Mundial Austríaca. O evento anual repleto de estrelas foi fundado pelo ator de Hollywood nascido na Áustria, Arnold Schwarzenegger.

Os ativistas climáticos que participaram no evento dizem que as empresas de tecnologia - especialmente na Ásia - precisam ser mais transparentes.

"É preciso haver requisitos regulatórios que realmente garantam que revelam informações e que possamos relatar qual é o seu objetivo e, ao mesmo tempo, garantir que haja responsabilidade sobre como fornecem os produtos e as partes de seus produtos", insistiu Barbara Buchner, diretora-executiva da Climate Policy Initiative.

Esta conferência de Viena é vista como precursora da cimeira global do clima COP26, que acontecerá em Glasgow, no final de outubro. Será presidida pelo deputado britânico Alok Sharma.

"Houve progresso. Temos 70% da economia mundial agora coberta por uma meta líquida de zero. Todos os países do G7 avançaram com planos ambiciosos para reduzir as emissões. Precisamos que o mundo inteiro faça isto agora, especialmente os grandes emissores, principalmente os países do G20 que precisam assumir esses compromissos”, lembrou Sharma.

Os líderes da UE que participaram na cimeira, por outro lado, insistiram que as implicações políticas da inação seriam graves.

"A Europa é mais progressista neste aspeto, mas se não levarmos a sério os objetivos ambientais, então está claro que perderemos a nossa influência geopolítica e que isso seria pior para todos os europeus", assinalou o presidente da Letónia, Egils Levits.

A 14 de julho, a UE deve anunciar uma série de propostas climáticas sobre a forma de atingir a meta de ser o primeiro continente a alcançar a neutralidade climática até 2050.

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