Diálogo estratégico não ofereceu pistas para resolver crise ucraniana
O diálogo estratégico entre os Estados Unidos e a Rússia em Genebra, centrado na crise ucraniana, não permitiu grandes avanços e serviu essencialmente para acentuar as divergências.
As negociações foram conduzidas pelos "números dois" da diplomacia dos dois países, Sergei Ryabkov e Wendy Sherman.
Moscovo afirma não ter a "intenção" de atacar a Ucrânia, mas insiste em que o país vizinho não deve ver aberta a porta da adesão à NATO.
Sergei Ryabkov, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia:"Temos a impressão de que o lado americano levou bastante a sério as propostas russas e analizou-as atentivamente. Do nosso lado, apresentámos em detalhe a lógica e conteúdo das propostas, explicando porque é imperativa a necessidade de garantias contra a expansão da NATO."
Wendy Sherman, vice-secretária de Estado dos EUA:"Deixámos claro que se a Rússia voltar a invadir a Ucrânia, haverá custos e consequências significativas, muito para além das que enfrentou em 2014. Nomeadamente sanções financeiras. Essas sanções incluirão instituições financeiras chave e controlos de exportação em indústrias chave."
A diplomata norte-americana frisou também que a Aliança Atlântica manterá a sua "política de portas abertas".
Ainda esta segunda-feira, o Pentágono avisou a Rússia de que deve começar a afastar uma parte dos seus militares da fronteira com a Ucrânia, se a sua verdadeira intenção é reduzir as tensões na região.