Kiev assinala, no sábado, os 90 anos desde o início da "grande fome" que matou milhões de ucranianos.
Este sábado a Ucrânia marca os 90 anos passados sobre a "grande fome" que matou milhões de pessoas, no país, entre 1932 e 1933. A tragédia é vista pelo país, e por outros Estados, como um genocídio cometido pelo regime soviético, a Rússia não concorda.
Ao longo da História, as autoridades soviéticas e russas encobriram, negaram ou desvalorizaram a ios acontecimentos. Hoje em dia, a Rússia nega que se tratou de um genocídio.
O ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano diz que são 15 os Estados que reconhecem a chamado "Holodomore" como genocídio. Para além da Ucrânia fala do Canadá, Austrália, Colômbia, Equador, Estónia, Geórgia, Hungria, Letónia, Lituânia, México, Paraguai, Peru, Polónia e Vaticano.
Estava-se ainda em 1931 quando Joseph Stalin começou a obrigar os camponeses a entregarem as suas terras e bens pessoais a explorações coletivas. As revoltas começaram e para pôr termo à agitação, o regime soviético decidiu, em 1932, vencer o conflito pela fome. Os ucranianos deixaram de receber alimentos enquanto vivam as suas casas serem saqueadas por grupos organizados.
Noventa anos depois a Ucrânia e aliados encontram paralelos entre este momento negro da história e aquele que se vive hoje, com a invasão russa do país. Pensam que o objetivo é o mesmo negar à Ucrânia o direito de existir enquanto nação.