O Supremo Tribunal Federal do Brasil condenou a pena de prisão oito militares e um policia por planearem o assassinato do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. O processo está associado ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
O Supremo Tribunal do Brasil considerou, na terça-feira, culpados nove de dez pessoas por tentativa de matar o Presidente do Brasil e outras figuras públicas. O caso está ligado ao processo contra Jair Bolsonaro, que foi condenado a 27 anos de prisão. Os nove réus vão enfrentar penas de prisão de entre 1 e 24 anos. O décimo réu, o general Estevam Gaspar de Oliveira, foi absolvido.
O plano para o golpe de Estado que incluía o assassinato de Lula
De acordo com uma investigação da Polícia Federal, os nove réus condenados planearam assassinar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o magistrado Alexandre de Moraes, o juiz encarregado do processo que condenou, em setembro, Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão.
Os réus, agora condenados, pertenciam a um grupo de elite do Exército brasileiro e, segundo as acusações do Ministério Público, chegaram a apresentar seus planos ao próprio Bolsonaro em novembro de 2022, quando o líder populista ocupava a Presidência.
Ao proferir a sentença, o juiz afirmou que “não há dúvida alguma” sobre a culpa dos réus, que deixaram os seus planos registados numa “vasta quantidade de documentos” obtidos pela investigação.
Os condenados são Bernardo Correia (pena de 17 anos), Fabrício Moreira (pena de 16 anos), Márcio Nunes (pena de 3 anos de prisão), Rafael de Oliveira (pena de 21 anos de prisão), Rodrigo Bezerra (pena de 21 anos de prisão), Hélio Ferreira (pena de 24 anos de prisão), Sérgio Cavaliere (pena de 17 anos de prisão) e Ronald Ferreira (pena de 1 ano de prisão). O agente da Polícia Federal, Wladimir Matos, cumprirá uma pena de 21 anos.