Relatório da OCDE aponta para uma quebra do PIB mundial de 4,5% em 2020, crescimento de China e EUA na origem da revisão em alta
As nuvens que pairam sobre a economia mundial não são tão negras como se temia. As últimas previsões da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico apontam para uma quebra de 4,5% no Produto Interno Bruto mundial em 2020, um cenário preocupante, sem dúvida, mas mesmo assim melhor que a recessão de 6% prevista no relatório de junho. O documento prevê ainda um crescimento de 5% no PIB mundial em 2021.
Os indicadores sugerem que a economia está a recuperar mais depressa que o previsto, mas a OCDE não deixa de sublinhar que a situação é excecionalmente incerta devido à pandemia de covid-19. Para a organização económica, no entanto, a classe política atual tem uma oportunidade de ouro para construir uma economia melhor e mais amiga do ambiente.
A revisão em alta da OCDE deveu-se, sobretudo, aos bons desempenhos das economias de Estados Unidos e China. Na zona Euro, a recessão prevista é de 7,9%, seguindo-se um crescimento superior a 5%. Uma evolução positiva alicerçada nos estímulos criados por Bruxelas no Plano de Recuperação Europeu, mas insuficiente para recuperar as perdas causadas pela pandemia em 2020.
A OCDE não atualizou as previsões para Portugal, limitou-se às três maiores economias europeias. Fê-lo para o Brasil para dizer que a quebra do PIB para 2020 se deverá ficar pelos 6,5%, a estimativa anterior era de 7,4% e que o crescimento para 2021 deverá rondar os 3,6%.