Imane Ayissi, o designer da África subsariana na alta costura de Paris

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De  João Paulo Godinho
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O costureiro camaronês faz história ao ser recebido pela elite da moda parisiense e quer agitar estereótipos sobre os tecidos africanos.

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Imane Ayissi. O nome pode não lhe dizer nada, mas em breve será famoso. O costureiro camaronês está já a fazer história ao ser o primeiro designer proveniente da África Subsariana a apresentar o trabalho na semana da moda de alta costura de Paris.

Além de se juntar à elite do competitivo mundo da moda, Ayissi está também a agitar os estereótipos em torno do que são materiais africanos.

"É muito importante para mim poder mostrar o meu trabalho, os tecidos pelos quais estou a fazer campanha, as origens dos verdadeiros tecidos africanos também, a própria África. Vamos celebrá-la. Porque é algo importante para nós. Acho que é uma página da moda que está a ser escrita de uma forma diferente", afirmou.

Tal como o falecido pai, um antigo pugilista célebre, Ayissi quer ser um expoente do talento africano.

Quando era criança, a casa era um cruzamento de mundos distintos: a política e o boxe pelo pai, a  moda pela mãe, uma antiga Miss Camarões.

"Não posso dizer que sou apenas um designer francês ou apenas um designer africano. Penso que os dois me enriqueceram bastante. Ambos me deram algo excepcional que vou tentar expressar à minha maneira, expressar certas coisas que recebi das duas culturas", explicou.

Imane Ayissi chegou a França nos anos 90 e trabalhou como modelo para Dior, Lanvin ou Yves Saint Laurent. Autodidata, aprendeu os princípios da alta costura e lançou a marca em nome próprio no ano 2001.

Desde então tem apresentado coleções por todo o mundo. Agora, a Federação de Alta Costura aceitou-o como novo membro da Semana da Moda de Paris.

Uma consagração para Ayissi e uma consagração para África.

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