Um século assinalado com vários concertos em homenagem à fadista e um documentário inédito, "Eu, Amália"
É com a voz inconfundível, sempre presente, mas sobretudo com os traços de personalidade únicos que o documentário inédito "Eu, Amália" recorda o centenário do nascimento da fadista.
Se fosse viva, Amália Rodrigues assinalaria cem anos em 2020, mas a obra que deixou resiste à passagem dos séculos e transcende gerações.
O êxito internacional e as tournées que a levaram a todo o mundo são continuamente evocados no trabalho de Nuno Galopim e Miguel Pimenta, realizado em tempo de confinamento. Estreia esta noite, na RTP.
"Se a Amália hoje vivesse seria uma autora de pequenos momentos de soundbites para a Internet ter gifs todos os dias. Em cada entrevista haveria meia dúzia. Há entrevistas incríveis dos anos 60. Mas fiquei muito agradado ao descobrir entrevistas de fundo, com tranquilidade, com espaço para explicar as coisas, no arquivo da rádio", sublinhou Nuno Galopim, coautor do documentário "Eu, Amália."
Os autores foram aos arquivos da RTP e em vez de se focarem unicamente nas entrevistas, concentraram-se nas estórias, contadas de viva voz, por Amália.
Em 50 minutos relatam, num ângulo diferente, o percurso profissional, pontuado com flashbacks pessoais, que transcendeu fronteiras.
Uma carreira plena história e de estórias que os vários concertos e iniciativas pensados para assinalar esta data também não deixam passar em claro.