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Viggo Mortensen regressa à realização com "The Dead Don't Hurt"

Viggo Mortensen durante as filmagens de "The Dead Don't Hurt"
Viggo Mortensen durante as filmagens de "The Dead Don't Hurt" Direitos de autor  Leah Gallo
Direitos de autor Leah Gallo
De Ricardo Figueira
Publicado a Últimas notícias
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Com uma extensa carreira como ator, o dinamarquês-americano volta a trabalhar atrás das câmaras com uma segunda longa-metragem em que mergulha no universo do "western". Além de realizar e protagonizar o filme, Mortensen é também autor do argumento e da banda sonora.

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Viggo Mortensen pode ter nascido nos Estados Unidos e crescido na Argentina, mas é a ascendência nórdica, por demais visível, que lhe dá o olhar e a presença que, como heroi ou vilão, o tornaram famoso no grande ecrã.

Mas ser ator não chegava para o dinamarquês-americano. Depois de uma primeira experiência com Falling - Um Homem Só em 2020, Viggo Mortensen volta a assumir o papel de realizador com uma segunda longa-metragem, The Dead Don’t Hurt (em português, Até ao Fim do Mundo), em que assina também a produção, o argumento e a banda sonora.

Como é que tantos anos (Mortensen estreou-se no cinema com A Testemunha, em 1985) influenciaram a forma como trabalha atrás das câmaras?

“A minha aprendizagem fez-se a observar os realizadores, homens e mulheres com quem trabalho há 40 anos ou mais”, conta à Euronews. “Ver como comunicam com a equipa, o diretor de fotografia, os atores, como se preparam, como contam as histórias, foi isso que aprendi. Comecei tarde na minha vida, muito mais tarde do que queria. Mas tudo o que aprendi ao vê-los, trabalhar, pude usar no primeiro filme e agora no segundo. Espero ter evitado muitos erros porque esperei até ser mais velho para começar a realizar”. 

Quais os realizadores com quem trabalhou que mais o influenciaram? A lista começa, inevitavelmente, com David Cronenberg, com quem trabalhou em sete filmes, o último dos quais Crimes do Futuro e com quem se cruzou em Lisboa na última edição do LEFFEST. Destaca também Jane Campion, com quem fez Retrato de uma Senhora, ou ainda a argentina Ana Piterbarg, com quem fez em 2012 o thriller Todos Tenemos un Plan.

Viggo Mortensen
Viggo Mortensen Ricardo Figueira / Euronews

Tal como em Falling - Um Homem Só, também em The Dead Don’t Hurt Mortensen desempenha o papel principal. Como é trabalhar, simultaneamente, de ambos os lados da câmara?

“Talvez seja injusto para os atores com quem trabalhamos, porque temos de nos afastar e falar com os operadores de som e câmara entre as filmagens. É mais cansativo, fisicamente, no final de cada dia. Mas, como atores, quando também estamos a realizar, somos mais eficientes, porque não temos tempo para duvidar do que estamos a fazer. Por isso, somos mais eficientes, mas ficamos mais cansados”.

Quando somos atores e realizadores ao mesmo tempo, somos mais eficientes, mas ficamos mais cansados.
Viggo Mortensen
Ator e realizador

The Dead Don’t Hurt é, antes de mais, uma história de amor entre dois estrangeiros numa terra austera. O filme começa quando Olsen, um imigrante dinamarquês tornado xerife de uma pequena vila no Velho Oeste, acaba de enterrar o grande amor da sua vida, Vivienne, uma canadiana francófona. Demasiado ocupado para tratar das questões da lei, deixa que o mayor leve um inocente à forca, por um crime cometido pelo filho do cacique local, o odioso Weston Jeffries. Flashback até ao encontro entre Olsen e Vivienne, o idílio e a viagem até ao Oeste. Olsen parte para combater na Guerrra Civil Americana e Vivienne, a trabalhar no saloon local, fica vulnerável às investidas de Weston. Se este é um filme sobre o amor, o ódio está também sempre presente.

Olsen é interpretado pelo próprio Mortensen e Vivienne é interpretada pela luxemburguesa Vicky Krieps, a quem o ator/realizador não poupa elogios: “Seria uma excelente candidata ao Óscar, mas sei que não vai ser, porque a Academia não quer saber do cinema independente”, diz.

O western é um género ao qual Hollywood mas também o cinema independente, como é o caso aqui, voltam regularmente e sempre com filmes assinaláveis, décadas depois da idade de ouro do género. Naturalmente, como todos da sua geração, Viggo Mortensen cresceu a ver westerns. Quais foram aqueles que mais o influenciaram? “A lista seria demasiado longa para estar aqui a enumerar”, diz.  

The Dead Don’t Hurt - Até ao Fim do Mundo estreou já na maioria dos mercados e chegou às salas portuguesas esta quinta-feira, dia 28.

Editor de vídeo • Bruno Filipe Figueiredo Da Silva

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