O compromisso, resultante da mini-cimeira que reuniu os líderes da União Europeia e de países dos Balcãs Ocidentais, este domingo, em Bruxelas, está longe de gerar otimismo, pelo menos entre os eurodeputados.
Nem todos consideram que as medidas decididas permitirão conter o fluxo de refugiados através da chamada “rota dos balcãs”.
A eurodeputada eslovena Tanja Fajon, que testemunhou, na semana passada, a falta de controlo da polícia croata na fronteira com a Eslovénia, não esconde a relutância: “Até agora ainda não vimos uma resposta adequada de todos os países europeus, bem pelo contrário. Vimos muito individualismo, vimos alguns países fecharem as fronteiras e a falta de solidariedade. Tudo isto está a provocar muita intolerância na Europa.”
O presidente da Comissão dos Assuntos Externos do Parlamento Europeu, Elmar Brok, opta pela cautela das palavras: “Deve efetuar-se o registo na Grécia. É preciso colocar as coisas em ordem. Já não é mais possível trazer simplesmente as pessoas de vários países para a Alemanha, empurrar as pessoas de um lugar para o outro. Depois da decisão da cimeira isso já não pode acontecer. Por isso, considero tratar-se de uma medida importante para melhorar a situação.”
Da mini-cimeira saiu um plano de 17 pontos que inclui a criação de 100 mil novos lugares para receber migrantes, ao longo da chamada “rota dos Balcãs” e na Grécia.