"Breves de Bruxelas": Socialistas belgas prometem mais equidade social

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De  Isabel Marques da SilvaAna LAZARO
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A vitória dos socialistas no sul da Bélgica é a terceira e ultima parte da análise deste país como microcosmos das três tendências saídas das eleições europeias no programa "The Brief from Brussels".

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A vitória dos socialistas no sul da Bélgica é a terceira e ultima parte da análise deste país como microcosmos das três tendências saídas das eleições europeias no programa "The Brief from Brussels".

Antiga potência industrial, a região da Valónia, perdeu o fulgor devido à globalização e as promessas de melhoria da vida da classe trabalhadora continua a dar vitórias aos partidos de esquerda. 

A euronews conversou com um vereador socialista na cidade de Charleroi sobre os problemas desta região economicamente enfraquecida. O encerramento de muitas fábricas e minas nas últimas décadas teve um forte impacto na qualidade de vida.

"A nível social constatamos que a esta cidade tem muita pobreza, há muitas pessoas com problemas e a nossa principal preocupação é encontrar fundos para redinamizar a cidade", disse Gaetan Bansiga.

Aumento das desigualdade sociais

A região já foi um grande centro de riqueza para a Bélgica, mas a globalização ditou o fim de so setor industrial pesado porque a mão-de-obra é mais barata noutros continentes. Atualmente tem um dos mais altos níveis de desemprego do país.

Nas eleições regionais e federais de 26 de maio, o partido da esquerda radical cresceu 13%, mas o o partido socialista manteve o primeiro lugar, tendo elegido sete deputados para o parlamento federal.

Numa reunião de estratégia política para o próximo mandato debateram-se formas de combater as crescentes desigualdades no país.

"Gostaríamos que o salário dos ministros e dos deputados fosse reduzido a metade, para que se pudessem efetivamente perceber qual é o padrão de vida do cidadão médio", disse Germain Mugemangango, outro vereador socialista.

O partido considera que é necessária uma melhor politica redistributiva e fiscal: "O que está em causa é saber se o produto da riqueza nacional vai servir o bem-estar da grande maioria das pessoas, de 90% das pessoas, ou se será usado para enriquecer apenas algumas pessoas", acrescentou Germain Mugemangango.

Questões de identidade

A tensão entre o norte, onde se fala holandês, e o sul, onde se fala francês, passa também por questões de identidade.

"Na Flandres, as crianças de tenra idade são educadas para que se sintam flamengas acima de tudo. Já na Valónia, a identidade tem mais a ver com a cidade de origem. Dizemos que somos de Liége, ou de Namur, mas acima de tuido está o facto de sermos belgas, valorizamos a Bélgica", afirmou Gaetan Bansiga.

Face a estas fortes divisões regionais, o facto dos socialistas terem vencidor no sul, os verdes na região da capital e os nacionalistas no norte , obriga a dificies negociações para formar uma coligação ao nível federal para governar os 10 milhões de hanitantes do reino belga.

Este é o tema de abertura do programa "Breves de Bruxelas", que passa em revista a atualidade europeia diária. Em destaque estão, também, as seguintes notícias:

  • O ex-primeiro ministro da Roménia Dacian Ciolos foi eleito presidente da bancada Renovar a Europa, que agrupa partidos liberais no Parlamento Europeu. O também e ex-comissário europeu para a Agricultura recebeu 65 votos, derrotando dois eurodeputados: a holandesa Sophie in 't Veld e o sueco Fredrick Federley.
  • O N-VA, partido nacionalista flamengo, da Bélgica, continuará a fazer parte do Grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus no Parlamento Europeu. Na nova legislatura, a partir de 2 de julho, o N-VA terá apenas três eurodeputados, quando tinha até agora sete.
  • As famosas três riscas nos produtos de desporto da Adidas não são classificadas como parte da marca registada pela empresa alemã. A decisão é do Tribunal Geral da União Europeia veio confirmar a decisão do Instituto da Propriedade Intelectual da União Europeia.
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