Ilham Tohti, defensor dos direitos da minoria uigure da China, é o vencedor do "Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento" de 2019, anunciou o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli.
Ilham Tohti, defensor dos direitos da minoria uigure da China, é o vencedor do "Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento" de 2019, anunciou o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli.
"Ele empenhou-se muito em melhorar o entendimento entre a etnia uigure e a etnia han na China e foi condenado a prisão perpétua por isso", disse Sassoli, na sessão plenária, quinta-feira, em Estrasburgo.
O ativista é professor de economia e foi condenado, em setembro de 2014, por incitar ao separatismo, num julgamento que durou dois dias.
Contudo, a reconciliação tem sido o mote da sua atividade ao longo de duas décadas.
Um apelo que passa também pelo website Uyghur Online, plataforma onde criticou, regularmente, a exclusão desta minoria, que professa o islamismo, do desenvolvimento que ocorre um pouco por toda a China.
Tohti foi um dos nomeados para Prémio Nobel da Paz de 2019, que foi atribuído ao primeiro-ministro da Etiópia.
A cerimónia de entrega do Prémio Sakharov (galardão e prémio pecuniário de 50 mil euros), realiza-se a 18 de dezembro, na sessão plenária do Parlamento Europeu, em Estrasburgo.
Este prémio foi criado em honra do físico russo Andrei Dmitrievich Sakharov (1921-1989), galardoado com o Prémio Nobel da Paz em 1975, que ficou célebre, inicialmente, como o pai da bomba de hidrogénio soviética.
"Preocupado com as consequências do seu trabalho para o futuro da humanidade, procurou sensibilizar o mundo para os perigos de uma corrida ao armamento nuclear. Obteve um êxito parcial com a assinatura do tratado de proibição de ensaios nucleares em 1963", escreve o website Eurocid.