O país do Cáucaso Meridional já tinha anteriormente anunciado que pretendia aderir ao bloco dos 27. Esta decisão representa uma mudança geral em direção ao Ocidente.
O governo da Arménia aprovou oficialmente um projeto de lei na quinta-feira, dando início ao processo de adesão à União Europeia (UE), de acordo com os meios de comunicação social locais.
O projeto de lei será agora apresentado ao parlamento do país. O primeiro-ministro da Arménia, Nikol Pashinyan, advertiu na quinta-feira que a população não deve esperar uma rápida adesão à UE, sublinhando que, em primeiro lugar, será necessária a aprovação através de um referendo.
No dia anterior à aprovação do projeto de lei pelo Governo, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Arménia, Ararat Mirzoyan, anunciou que o país poderia assinar uma nova parceria com Bruxelas nos próximos meses, que poderia incluir a liberalização dos vistos.
Nos últimos anos, o país da antiga União Soviética aprofundou os seus laços com o Ocidente e afastou-se de Moscovo.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse à agência noticiosa estatal TASS que "esta [intenção de aderir à UE] é definitivamente um direito soberano do país".
Arménia não pode aderir à UE e integrar a União Económica Eurasiática
No entanto, Peskov afirmou que a Arménia não pode aderir à UE e continuar a fazer parte da União Económica Eurasiática (EAEU), um bloco económico de cinco Estados pós-soviéticos da Eurásia.
"Estamos certos de que a adesão da Arménia à UE está a ser muito benéfica para o país", concluiu Peskov.
A adesão à UE de 27 países pode ser um processo árduo e demorado, sendo que apenas outros três antigos membros da União Soviética - Estónia, Letónia e Lituânia - conseguiram concluir.
O caminho da Arménia para a adesão à UE pode não ser simples. A Arménia, um país sem litoral, não tem fronteira com a UE e continua a ser economicamente muito dependente de Moscovo. Além disso, alberga uma base militar russa.