Capital da Hungria foi palco da 28ª edição da marcha do orgulho gay, desta vez consagrada com uma declaração internacional a que só faltou um outro país da União Europeia
Milhares de pessoas desafiaram o calor e as políticas ultraconservadoras do governo de Viktor Orbán para participar na 28ª edição da marcha do Orgulho de Budapeste, capital da Hungria.
O desfile foi marcado por alguns protestos da extrema-direita mas sem perturbar a ordem nem a boa disposição. Nem mesmo o calor calou a afirmação de uma comunidade que tem sido discriminada pelo governo.
"Acho que as pessoas não querem acreditar que os homossexuais, as lésbicas e os transexuais também vivem neste país", afirmou durante a marcha um dos participantes.
O apoio à comunidade LGBTQI+ no país surgiu não só dos milhares de membros da própria comunidade que deram cor e alegria ao evento, mas também a nível diplomático, com uma declaração conjunta de quase 40 embaixadas e instituições culturais.
"Penso que isto mostra que não se trata de uma questão de ocidente contra o leste, é a realidade. É a realidade húngara e é uma questão que preocupa governos por todo o mundo", afirmou, perante o microfone da Euronews, David Pressman, o embaixador dos Estados Unidos da América em Budapeste.
A Polónia foi o único país da União Europeia que não subscreveu a declaração.