Os vencedores do Prémio do Cinema Europeu

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A cidade de Riga, capital da cultura, foi palco da cerimónia de entrega dos prémios do cinema europeu. Estrelas de vários países do velho continente

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A cidade de Riga, capital da cultura, foi palco da cerimónia de entrega dos prémios do cinema europeu. Estrelas de vários países do velho continente desfilaram pelo tapete vermelho na capital da Letónia. Entre elas o realizador alemão Win Wenders, presidente do júri.

“A Europa precisa do seu cinema porque os filmes são uma linguagem emocional. Muitas vezes a Europa é vista como uma estrutura financeira e económica e não como uma terra de emoções. É isso que os filmes são”, disse Wim Wenders.

Este ano, o Festival prestou homenagem a Steve McQueen. O realizador e argumentista britânico foi distinguido pela sua contribuição para o cinema mundial.

“O cinema é uma ferramenta poderosa. Pode mudar as nossas vidas. Mudou a minha vida. Acredito que os artistas têm a responsabilidade não apenas de entreter o público mas também de fazer avançar a ideia de humanidade”, disse Steve McQueen.

No ano passado, o realizador britânico venceu o Óscar para melhor filme com “12 anos escravo”. A filmografia do artista britânico inclui “Shame”, um filme em que Michael Fassbender incarna o papel de um homem viciado em sexo. A carreira internacional de Steve McQueen começou em 1981 com a apresentação de Hunger no Festival de Cannes, um filme recompensado com o prémio “Camera d’Or”.

“Recebi o prémio do cinema mundial, não é o prémio carreira. Só fiz três filmes por isso não é altura de olhar para trás, mas de olhar para o futuro. Vamos ver, não sei o que vai acontecer, vou tentar fazer melhor, fazer coisas interessantes, vamos ver o que dá”, sublinhou o realizador britânico.

Timothy Spall arrecadou o galardão para melhor interpretação masculina. O ator britânico incarna a figura do pintor William Turner no último filme de Mike Leigh.

“É sempre um bom desafio trabalhar com o Mike. Ele pede-nos para contribuir para a criação da personagem”, contou Timothy Spall.

Marion Cotillard venceu o prémio para melhor interpretação feminina. A atriz francesa incarna o papel de uma empregada fabril à beira do despedimento e da depressão no último filme dos irmãos Dardenne.
Cotillard não esteve em Riga para receber o galardão.

O prémio para melhor filme de animação recompensou
“L’arte della felicità”, do realizador italiano Alessandro Rak. A obra gira em torno de um taxista de Nápoles perturbado pelo desaparecimento do irmão que deixou de dar sinais de vida desde que partiu para o Tibete.

O filme polaco “Ida” foi o grande vencedor dos prémios europeus. A longa-metragem de Paweł Pawlikowski arrecadou cinco galardões, melhor filme, melhor realização e melhor argumento, além do prémio do público.

A ação de “Ida” desenrola-se nos anos 60. Uma jovem freira órfã que vive num convento fica a saber que é judia e que os pais foram mortos durante a guerra. Uma revelação que vai levá-la a partir em busca do seu passado.

“O cinema deve falar de temas e não apenas conduzir o público e dizer às pessoas, olhem para aqui, neste ponto devem sentir tal emoção e aqui devem rir. É preciso criar uma linguagem que sugere as coisas em vez de dizê-las. Desse modo o filme permanece mais tempo na memória e na imaginação das pessoas”, disse Paweł Pawlikowski.

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