A empresa Sony Pictures suspendeu a estreia da comédia “The Interview”, prevista para o dia de natal, depois de ter sido alvo de ameaças por parte de
A empresa Sony Pictures suspendeu a estreia da comédia “The Interview”, cujo título em português é “Uma Entrevista de Loucos” e tinha o lançamento mundial previsto para o dia de Natal. A suspensão acontece depois de ter a produtora norte-americana ter sido alvo de ameaças por parte de um grupo de piratas informáticos.
O filme, que satiriza uma ficcionada operação para assassinar o líder norte-coreano por dois norte-americanos, não deverá chegar às salas de cinema. Pelo menos, este ano.
A Sony afirma, num comunicado, que as distribuidoras rejeitaram o filme depois de um grupo de “hackers” (piratas informáticos) denominado “Guardiões da paz” ter ameaçado atacar as salas que projetassem a película.
Sony Pictures statement on cancellation of Christmas release of “The Interview” - pic.twitter.com/smIRgC4W7N
— Matthew Keys (@MatthewKeysLive) December 17, 2014
Um residente de Nova Iorque, critica a decisão: “Penso que a Sony deveria lançar o filme independentemente das ameaças, que não passam de simples mensagens de correio eletrónico”.
Outro afirma: “Eu penso que só queriam assustar as pessoas para que ninguém fosse ver o filme, mas honestamente não vejo nenhum perigo real nessas ameaças”.
Fontes dos serviços secretos norte-americanos citadas pelos media confirmaram que o grupo de “hackers”, que conseguiu subtrair vários documentos confidenciais à Sony, estaria diretamente ligado ao regime de Pyongyang.
A Casa Branca anunciou estar a preparar uma resposta aos ataques informáticos de que a Sony foi alvo, tendo rejeitado qualquer interferência na decisão da companhia de suspender a película.
NSC statement said the government had "no involvement" in Sony's decision to pull 'The Interview.' FBI is involved pic.twitter.com/wYnHeVfu4Q
— Hunter Walker (@hunterw) December 18, 2014
Pyongyang tinha exigido a suspensão da estreia do filme, considerado pelo regime comunista como uma “declaração de guerra”.
Um relatório de segurança publicado pela empresa norte-americana HP em Agosto, afirmava que Pyongyang estaria a expandir a sua rede de ataques cibernéticos, com o apoio da China e com um investimento crescente em escolas de formação de cibermilitares.