Presidente do país desde a independência, Islam Karimov nunca teve uma oposição digna desse nome.
O presidente do Uzbequistão, Islam Karimov, foi às urnas este domingo com a quase certeza de ser reeleito.
Karimov dirige o país desde o tempo em que era ainda uma república soviética, em 1989, e nunca teve uma oposição digna desse nome. Talvez porque não gosta muito de opositores: A própria filha Gulnara Karimova, inicialmente vista como possível sucessora do pai, tornou-se opositora e acabou em prisão domiciliária, acusada de corrupção.
Quanto aos adversários nestas eleições, trata-se de três figuras pouco conhecidas, de partidos apoiantes do atual governo. Khatamzhon Ketmonov, Narimon Umarov e Akmal Saidov são os outros candidatos.
Nas últimas eleições, Karimov conseguiu uma vitória esmagadora, que se deve repetir neste escrutínio. Mesmo se a constituição limita o número de mandatos presidenciais a dois consecutivos, esta é a quarta vez que Karimov vai a votos.
Apesar da aparente ditadura, a popularidade do presidente é uma realidade no país, confirmada pelos analistas. O medo da instabilidade por parte dos uzbeques tem dado força à liderança.
How Islam Karimov’s wily diplomacy and brutal tactics cemented his power in Uzbekistan. http://t.co/Qcqq7H0OGhpic.twitter.com/oNVKpEjGRG
— Foreign Policy (@ForeignPolicy) March 29, 2015