Milhares de japoneses manifestaram-se este domingo em frente ao Parlamento em Tóquio contra as novas leis que permitem ampliar os poderes do
Milhares de japoneses manifestaram-se este domingo em frente ao Parlamento em Tóquio contra as novas leis que permitem ampliar os poderes do exército. A reforma legal prevê que as Forças de Autodefesa do Japão possam participar de operações no exterior, algo proibido pela atual Constituição pacifista adotada após a Segunda Guerra Mundial. A legislação já foi aprovada pela Câmara Baixa do parlamento, ainda deve passar pela Câmara Alta, na qual o Partido Liberal-Democrata (PLD) do primeiro-ministro, Shinzo Abe, e seus aliados têm maioria.
Os manifestantes, cerca de 120 mil, garantem que o país deve manter a tradição pacífista e por isso pedem a demissão do primeiro ministro Shinzo Abe. Uma ativista defende que “o Japão não se deve tornar uma nação militarizada e, além disso, deve ter uma boa relação com os restantes vizinhos asiáticos”.
E serão exatamente as relações com os grandes vizinhos que estarão na origem destas mudanças na lei. O Japão continua a ter uma enorme rivalidade com a China…que tem crescido por causa da disputa pelas ilhas Senkaku/Diaoyu. São territórios desabitados e com uma superfície inferior a sete quilómetros quadrados e foram compradas por Tóquio em setembro de 2012 a um proprietário privado. As ilhas são reclamadas por Pequim, sobretudo porque se suspeita que existam importantes recursos, como reservas de petróleo e gás natural. Desde essa altura a zona tem vindo a ser patrulhada por barcos da China e do Japão.