John McDowell, da ala mais esquerda dos Trabalhistas, é a figura mais polémica.
Já é conhecido o governo-sombra de Jeremy Corbyn, o novo líder do Partido Trabalhista britânico.
Se este governo-sombra tem mais mulheres que homens, algo inédito na política britânica, há quem critique o facto de os três principais ministérios (Interior, Finanças e Negócios Estrangeiros) pertencerem a homens.
“Temos uma grande equipa. Uma maioria de mulheres no governo-sombra. É a primeira vez na história”, disse o novo líder trabalhista, interpelado na rua pelos repórteres.
Angela Eagle, que será ministra do Comércio se o Labour for governo, Diane Abbott, ministra-sombra para o Desenvolvimento Internacional e Lucy Powell, ministra-sombra da Educação, são as mulheres em destaque nesta proposta de executivo.
A figura mais polémica e aquela que mais calafrios causa aos conservadores é John McDonnell, ministro-sombra das Finanças, que tal como Corbyn representa a ala esquerda do partido.
Defende a nacionalização da banca, representou os sindicatos no Parlamento e é autor de tiradas pouco felizes, como aquela em que elogiou o operacional do IRA Bobby Sands, morto depois de uma greve de fome em 1981, ou quando disse querer viajar no tempo para matar a ex-primeira-ministra Margaret Thatcher, uma “piada” da qual se retratou mais tarde.
No Twitter, o primeiro-ministro conservador David Cameron disse que os trabalhistas representavam agora uma “ameaça à segurança nacional”.
The Labour Party is now a threat to our national security, our economic security and your family's security.
— David Cameron (@David_Cameron) September 13, 2015