Francisco apela aos cubanos para ajudarem os mais frágeis mas "sem ideologias"

Foi no coração da revolução cubana, justamente chamado de Praça da Revolução, que muitos fiéis passaram a noite para viver este momento. O Papa Francisco tornou-se no terceiro Sumo Pontífice a visitar Cuba, aproximando-se do número recorde registado na homilia de um milhão de pessoas aquando da passagem de João Paulo II, em 1998.
O primeiro papa latino-americano homenageou na sua língua materna, o espanhol, os cubanos, declarando que é “um povo com o sentido da festa, da amizade e da beleza.” Perante personalidades como Cristina Kirchner, a presidente argentina, apelou aos cristãos para que “sirvam os mais frágeis” mas “sem ideologias.”
Uma outra mensagem do Santo Padre, que tem promovido a aproximação de Havana com Washington, teve a ver com as negociações entre o governo colombiano e as guerrilhas das FARC: para Francisco não há margem para falhar.
A missa foi pontuada por um episódio dissonante: três membros de um grupo dissidente foram detidos quando alegadamente se tentavam aproximar do cortejo, gritando a palavra “liberdade.”