Netanyahu afirma que "não há uma solução mágica" para a "onda de terror"

Em Israel, a vaga de ataques com arma branca prossegue. Quinta-feira, cinco pessoas, incluindo um soldado israelita, foram esfaqueadas próximo de um quartel do exército, em Telavive. Em Kiryat Arba, na Cisjordânia ocupada, um judeu foi atacado por um palestiniano, que acabou por fugir.
A escalada da violência já matou quatro israelitas e três palestinianos em menos de uma semana.
O primeiro-ministro de Israel afirma que o país está “no meio de uma vaga de terror”, que “não há uma solução mágica” para o problema e que as medidas tomadas “não vão produzir efeitos imediatos”. Mas, Benjamin Netanyahu garante que “o terrorismo não compensa” e que será “derrotado”.
Para além de ter reforçado o dispositivo de segurança, Israel renovou a proibição de acesso à Esplanada das Mesquitas, para a grande oração muçulmana desta sexta-feira, a homens com menos de 50 anos.
Junto ao Portão de Damasco, um comerciante queixava-se da instalação de um detetor de metais. Considera-o desnecessário, dada a “presença militar a cada dois passos e as 40 a 50 câmaras de segurança instaladas na rua. É a prova do falhanço israelita”, concluiu.
Segundo os analistas, esta vaga de ataques é protagonizada por “lobos solitários”, principalmente jovens, sem aparente filiação, que seguem a realidade através das redes sociais e que vêm como uma provocação as visitas de judeus à Esplanada das Mesquitas, local sagrado do judaísmo, mas também do Islão.