O auto designado Estado Islâmico é o principal suspeito dos atentados em Ancara, mas as palavras de ordem contra o governo turco continuam a marcar
O auto designado Estado Islâmico é o principal suspeito dos atentados em Ancara, mas as palavras de ordem contra o governo turco continuam a marcar os funerais das vítimas.
O balanço oficial aponta para 97 mortos.
A investigação avança. Segundo o primeiro-Ministro, Ahmet Davotoglu, as autoridades estão perto de identificar os autores dos ataques graças a testes ADN.
O chefe do governo explica que os rebeldes curdos do PKK, os militantes de esquerda do DHK e os radicais islâmicos são vistos como potenciais suspeitas deste ataque, mas Ahmet Davotoglu adianta: “Tendo em conta as circunstâncias e o desenrolar dos acontecimentos, o grupo Estado Islâmico tornou-se o principal suspeito”.
Segundo a imprensa turca, os atentados em Ancara têm semelhanças com o ocorrido em julho em Suruc, perto da fronteira com a Síria. Na altura, morreram 34 militantes pró-curdos.
A polícia deteve, este domingo, mais de 40 pessoas em diversas cidades por alegadas ligações ao grupo radical islâmico.
Os atentados fizeram também mais de 500 feridos. Dezenas estão em estado crítico e as famílias continuam à espera de notícias às portas dos hospitais da capital turca.
Os atentados de sábado, contra uma manifestação a favor da paz, são os piores na história da Turquia moderna.
O executivo mantém as legislativas a 1 de novembro, mas o AKP, partido no poder, anulou todos os comícios eleitorais marcados para esta semana.