As autoridades australianas afirmam ter retomado o controlo sobre o centro de detenção da ilha de Natal, palco de um violento motim desde domingo.
As autoridades australianas afirmam ter retomado o controlo sobre o centro de detenção da ilha de Natal, palco de um violento motim desde domingo.
A polícia e o exército, assim como a empresa privada de segurança que gere a instalação, teriam utilizado balas de borracha e gás lacrimogéneo para pôr fim à revolta, após a morte de um detido iraniano, em circunstâncias que permanecem misteriosas.
Segundo o ministro da imigração, Petter Dutton,
“O centro de detenção de imigrantes na Ilha do Natal é ocupado por uma população criminosa, e todas as pessoas que pensam poder agir fora da lei vão enfrentar as consequências dos seus actos. Quero também prestar a minha homenagem à polícia federal e ao exército australiano, pelos seus esforços para restabelecer a estabilidade no centro. Abrimos entretanto uma investigação para apurar as causas desta revolta”.
Pelo menos cinco detidos teriam ficado feridos durante o assalto das autoridades.
A situação volta a revelar as condições dos centros de detenção australianos, em ilhas remotas como Manus, Nauru, no Pacífico ou a ilha de Natal, no Índico.
Desde o ano passado que a instalação acolhe não só refugiados como criminosos à espera de serem extraditados.
Uma situação denunciada por várias vezes por organizações como a Amnistia Internacional.
No ano passado o Senado australiano tinha acusado o governo de não proteger os refugiados, depois da morte de um iraniano de 23 anos, durante um motim no centro de detenção de Manus que tinha provocado 69 feridos.