O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, afirmou que o país não irá cumprir com os compromissos europeus por causa meios que irá alocar às forças de segurança e que não virão "do orçamento" de outra
“Ainda é muito cedo” para se conhecer as contas do impacto que as novas despesas na segurança vão ter “na trajetória orçamental da França”, afirmou, esta terça-feira, o comissário europeu para os Assuntos Económicos. O francês Pierre Moscovici considera que o pacto de estabilidade e crescimento não é “nem rígido, nem estúpido”, dando assim um sinal de boa vontade da parte da Comissão Europeia em relação à anunciada nova derrapagem da França no cumprimento da meta de um défice de menos de 3% do PIB, que já tinha sido adiada para 2017.
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, afirmou que o país não irá cumprir com os compromissos europeus por causa meios que irá alocar às forças de segurança e que não virão “do orçamento” de outras áreas. A França conta com a solidariedade europeia para fazer face à ameaça terrorista e até fez um pedido inédito de assistência militar, que foi aprovado por unanimidade pelos ministros da Defesa dos 28.
“O pacto de segurança sobrepõe-se ao pacto de estabilidade”, afirmou Hollande, na segunda-feira. Por isso, Paris vai abrir 5000 vagas nas forças de segurança e congelar a supressão prevista de mais de 9000 postos nas Forças Armadas para além de reforçar os meios técnicos à disposição da polícia e da justiça.
Segundo peritos contactados pela agência France Press (AFP), em 2016, as medidas anunciadas provocarão uma derrapagem orçamental entre um e dois mil milhões de euros, no máximo equivalente a 0,1% do PIB.