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Gâmbia torna-se República Islâmica

Gâmbia torna-se República Islâmica
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De Dulce Dias com Lusa, Reuters
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Ex-colónia britânica em África, o país, com quase dois milhões de habitantes, 90% dos quais, muçulmanos, junta-se assim ao grupo das repúblicas islâmicas, como o Irão, o Paquistão ou o Afeganistão

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A Gâmbia tornou-se, este fim de semana, uma “República Islâmica”. O anúncio foi feito pelo presidente da ex-colónia britânica, Yahya Jammeh.

“O destino da Gâmbia está nas mãos de Alá, o todo-poderoso. A partir de hoje a Gâmbia é uma República Islâmica”, afirmou, garantindo, contudo, que os direitos da minoria cristã residente no país serão respeitados, e que as mulheres não irão sofrer restrições ao nível do vestuário.

A Gâmbia, país africano com quase dois milhões de habitantes, 90% dos quais, muçulmanos, junta-se assim ao grupo das repúblicas islâmicas, como o Irão, o Paquistão ou o Afeganistão.

Like Afghanistan and Iran, Gambia becomes Islamic republic | TheCable https://t.co/hv4RnmlL9j pic.twitter.com/xnGWlzPB8m

— TheCable (@thecableng) December 13, 2015

Com esta decisão, o país afasta-se cada vez mais do passado colonial. Em 2013, o presidente já retirara a Gâmbia da Commonwealth, justificando que se tratava de uma organização colonialista. Jammeh decidiu igualmente abandonar o inglês como língua oficial do país, embora essa medida não tenha tido efeitos práticos.

A Gâmbia tornou-se independente da Grã-Bretanha em 1965 e tornou-se uma república em 1970 sob a presidência de Dawda Jawara, derrubado em 1994 por um golpe de Estado militar, liderado por Yahya Jammeh.

O presidente da Gâmbia tem 50 anos, fez carreira militar e nasceu numa família de camponeses, cultivando uma imagem de crente muçulmano dotado de poderes místicos.

Em 2002 fez adotar uma emenda constitucional retirando a limitação de mandatos do presidente. Há 21 anos no poder, o seu regime é frequentemente criticado pelos defensores dos direitos humanos.

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