A Eslovénia ameaçou esta segunda-feira suspender também o acordo de Schengen e impor um controlo apertado às pessoas que tentem cruzar as respetivas
A Eslovénia ameaçou esta segunda-feira suspender também o acordo de Schengen e impor um controlo apertado às pessoas que tentem cruzar as respetivas fronteiras. A medida surge em resposta a um planeado bloqueio de migrantes pela Áustria e a Alemanha, que se terão oferecido também para ajudar a “policiar” a fronteira eslovena com a Croácia.
“Se a Alemanha ou a Áustria adotarem certas medidas para apertar o controlo, então, claro, nós também vamos adotar medidas mais apertadas similares na nossa fronteira sul com a Croácia”, afirmou esta segunda-feira, em Ljubljana, o primeiro-ministro esloveno, Miro Cerar.
A possibilidade de participação germânica e austríaca no controlo da fronteira eslovena com a Croácia também foi rejeitada.
#Slovenia threatens to follow #Austria with border checks. #Schengen – https://t.co/JKsECtotrL
— EUobserver (@euobs) 18 janeiro 2016
(Eslovénia ameaça adotar os controlos de fronteiras da Áustria)
Em Bruxelas, a Áustria voltou à carga através do ministro dos negócios estrangeiros. “Nem a política de convite nem a de boas vindas representam a resposta correta para a crise da migração. Precisamos de uma resposta diferente e essa resposta só pode ser parar os migrantes. O ideal seria pará-los nas fronteiras exteriores da União Europeia. Se isso não resultar, então pará-los nas fronteiras nacionais”, defendeu Sebastian Kurz.
A migração de refugiados que afeta a Eslovénia e a Áustria segue a chamada “rota dos Balcãs”. Começa na Turquia, passa pela Grécia e escala a Europa pelo ocidente dos Balcãs até à Alemanha ou à Suécia.
Durante o ano passado, a Organização Internacional das Migrações (IOM) estima que tenham entrado na União Europa, por via marítima, 1.011.712 migrantes e refugiados. Só nos primeiros 14 dias deste ano, terão desembarcado 23.664 migrantes nas costas europeias — pelo menos, 59 morreram na tentativa. Uma pequena parte desembarcou em Itália (362), mas a larga maioria (23.302) optaram pela costa da Grécia, cujo presidente, curiosamente, visitou esta segunda-feira a chanceler Angela Merkel.
Em Berlim, Prokopis Pavlopoulos alegou que a Turquia não está a fazer o suficiente para reduzir o número de migrantes a caminho da Europa. Numa entrevista ao jornal alemão Sueddeutsche Zeitung, o presidente grego sugeriu mesmo que as autoridades portuárias turcas podem estar inclusive a dar apoio às travessias ilegais do Mar Egeu e a ajudar ao lucro das redes dos chamados facilitadores, os traficantes que promovem as travessias marítimas de migrantes sem vistos.
#Pavlopoulos accused #Turkey of facilitating the smuggling of #migrants
https://t.co/JMTjfHPlUd
#MigrantCrisispic.twitter.com/NVJoMfcesN— Sputnik (@SputnikInt) 18 janeiro 2016
(Pavlopoulos acusa a Turquia de facilitar as travessias ilegais de migrantes.)