Suíços rejeitam endurecer lei de expulsão de criminosos estrangeiros

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De  Rodrigo Barbosa  com EFE
Suíços rejeitam endurecer lei de expulsão de criminosos estrangeiros

Os suíços rejeitaram este domingo, em referendo, a proposta do partido nacionalista e xenófobo UDC para endurecer a lei que permite a expulsão de estrangeiros que cometam crimes. O “não” obteve 58,9 por cento dos votos e venceu na maioria dos cantões do país.

A taxa de participação atingiu os 63 por cento, bastante acima dos 40 por cento registados em média nos referendos suíços.

A ministra da Justiça, Simonetta Sommaruga, diz que foi “um dia importante, que serviu para reafirmar o Estado de Direito na Suíça, defendido pelos eleitores suíços”.

A polémica proposta, que previa a automatização da expulsão de criminosos estrangeiros, mesmo por infrações menores, contava com a oposição do governo, do Parlamento e dos restantes partidos.

Um suíço diz que “todos têm o direito de cometer erros. Há muitos suíços que cometem erros e não há razão [para expulsar] alguém porque não tem a nacionalidade, mas apenas uma autorização de residência”.

A UDC – União Democrática do Centro – é conhecida pela retórica xenófoba e contra a imigração e a União Europeia. Um cartaz com a cruz da bandeira suíça transformada em suástica nazi foi o principal foco de polémica durante a campanha pelo endurecimento da lei de expulsão de criminosos estrangeiros.