Os atentados desta segunda-feira foram uma tentativa de "estabelecer um califado" junto à fronteira com a Líbia, afirmou o primeiro-ministro da Tunísia.
A Tunísia ganhou uma batalha, mas a guerra continua.
Os atentados desta segunda-feira foram uma tentativa de “estabelecer um califado” junto à fronteira com a Líbia, afirmou o primeiro-ministro da Tunísia.
Durante a madrugada, ‘jihadistas’ atacaram uma esquadra da polícia, uma caserna militar e um posto da Guarda Nacional em Ben Guerdane, uma cidade de 60 mil habitantes, junto à fronteira com a Líbia, no sudeste da Tunísia.
O balanço final dos ataques terroristas foi de 55 mortos. 36 terroristas, 12 elementos das forças da ordem e sete civis morrem. 14 membros das forças de segurança e três civis ficaram feridos.
Para o chefe do governo tunisino, “as lições que podemos retirar destes ataques são que temos de estar permanentemente vigilantes; contar com os meios próprios que temos à disposição e garantir que estamos sempre a postos para reagir rapidamente e em força a qualquer outro eventual ataque”, referiu Habib Essid, adiantando que os atentados foram levados a cabo por cerca de meia centena de terroristas.
A Tunísia “ganhou uma batalha, mas a guerra continua, concluiu o chefe do governo:
Essid: #Tunisia Has Won a Battle, But the War Continues - Tunisialive https://t.co/4D3KpptI5M#BenGuerdane
— Tunisia Live (@Tunisia_Live) March 8, 2016
O jornal francês Le Parisien afirma que o ataque teve por objetivo conquistar este território tunisino para que ficasse sob influência do “Daesh”, o autoproclamado Estado Islâmico:
Tunisie : les terroristes espéraient établir un émirat de Daech à Ben Guerdane https://t.co/AJi6GqUbE2
— Mon Journaliste (@MonJournaliste) March 8, 2016
Recorendo à imprensa tunisina a RFI (Radio France Internacional) analisa também os objetivos dos assaltantes:
L'attaque de Ben Guerdane rentre dans le cadre de quel scénario? Une partie d'échecs jouée contre le computer. https://t.co/evFvcy1EJP
— Touhami Garnaoui (@touhamig) March 8, 2016
A Tunísia é considerada o único caso de sucesso da chamada Primavera Árabe, mas mesmo assim não tem escapado ao terrorismo dos islamitas radicais, como foi o caso com o ataque mortífero contra turistas estrangeiros no Museu Bardo, há praticamente um ano.