Alemanha: Direita populista ganha terreno rumo a eleições regionais de domingo

Alemanha: Direita populista ganha terreno rumo a eleições regionais de domingo
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O Partido Alternativa para a Alemanha (AfD), de tendência eurocética e anti-imigração, parte para as eleições de domingo em três Estados do país com

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O Partido Alternativa para a Alemanha (AfD), de tendência eurocética e anti-imigração, parte para as eleições de domingo em três Estados do país com um novo fôlego, alimentado pela esperança de conseguir eleger representantes para os parlamentos regionais.

Alta Saxónia, Bade-Vurtemberga e Renânia-Palatinado são os estados em causa e têm cerca de 13 milhões de eleitores habilitados a votar.

O escrutínio servirá de teste à política migratória da chanceler Angela Merkel, que tem tido impacto visível em cidades como Ofemburgo, com mais de mil refugiados.

Depois de se ter assumido como terceira força política nas eleições regionais no Estado de Hesse no passado domingo, o partido Alternativa para a Alemanha prossegue a campanha, com a questão migratória a dominar a agenda. Foi assim durante uma ação em Ofemburgo.

“Já não podemos chamar a isto política de asilo. Temos de dizer claramente que o que se passa na Alemanha é o caos em matéria de asilo. Estando na oposição já mudámos algumas coisas, na oposição de fora do Parlamento. Se entrarmos para o Parlamento seremos perigosos para o sistema e melhoraremos a Alemanha”, prometeu Stefan Räpple, candidato da formação Alternativa para a Alemanha.

Se inicialmente muitos alemães até se mostravam recetivos à política de acolhimento, agora, na prática, já não é bem assim. Episódios como a onda de ataques sexuais na cidade de Colónia despertaram o crescimento do radicalismo.

“Considero que as mulheres que foram abusadas em Colónia no início do ano, foram abusadas uma vez mais pela política, de forma a exaltar os ânimos contra os refugiados. Espero uma surpresa agradável na noite eleitoral, mas na verdade tenho medo. As sondagens são preocupantes. Os 10% do partido Alternativa para a Alemanha são uma chamada de atenção”, sublinhou, em entrevista à Euronews a reverenda Claudia Roloff.

Desde que a Alemanha abriu as fronteiras para os migrantes, em setembro, mais de um milhão de pessoas chegaram ao país.

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