Acordo euro-turco: Erdoğan avisa UE contra "víboras" e "campos de minas"

Acordo euro-turco: Erdoğan avisa UE contra "víboras" e "campos de minas"
De  Francisco Marques com AP, EFE
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O presidente da Turquia endereçou, esta sexta-feira, alguns alertas antiterrorismo à União Europeia, num dia em que os líderes europeus tentam

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O presidente da Turquia endereçou, esta sexta-feira, alguns alertas antiterrorismo à União Europeia, num dia em que os líderes europeus tentam convencer o primeiro-ministro Ahmet Davutoglu da proposta comum, com participação, de Ancara, para uma gestão mais sustentável da atual crise de migrantes e refugiados.

Presente na cerimónia dos 101 anos da Batalha de Galipoli, Recep Tayyp Erdoğan aproveitou o palco de Çanakkale para falar em “víboras” e “campos de minas”, com os quais Bruxelas se estará a deixar envolver de forma imprudente, referindo-se a alegados cúmplices terroristas curdos não reconhecidos como tal.

Erdoğan says Europe ‘nursing a viper in its bosom’ by direct, indirect support of ‘terror’ https://t.co/95aRSvYsXzpic.twitter.com/mk6aOIUFtP

— Hürriyet Daily News (@HDNER) 18 de março de 2016

(Erdoğan diz que a Europa está a amamentar uma víbora no seu seio ao apoiar, direta ou indiretamente, o terror.)

“Uma vez mais, dirijo-me aos países que prestam apoio a organizações terroristas: estão a amamentar uma víbora no vosso seio. Esta víbora pode morder a qualquer momento”, começou por dizer o Presidente da Turquia, acrescentando: “permitir que os simpatizantes dos que fizeram explodir uma bomba em Ancara se manifestam no meio da cidade não significa que uma bomba não possa também explodir no meio de Bruxelas ou de qualquer outro lugar da Europa”. “Apesar desta realidade, os países europeus continuam a agir sem prudência. É como se estivessem a dançar num campo de minas”, concretizou.

Erdoğan manifestou, desta forma, a opinião de que a União Europeia não estará a dar o devido valor aos curdos da Turquia, ao permitir que se manifestem nas cidades europeias contra a política imposta por Ancara. O chefe de Estado turco relacionou estes curdos ao ataque de domingo em Ancara, que matou quase 40 pessoas, considerando que ao apoiarem os atentados devem também ser considerados terroristas.

Na quinta-feira, a agência de notícias turca Anadolu denunciou um alegado ponto de propaganda do grupo terrorista curdo PKK montado junto ao edifício onde está a decorrer o Conselho Europeu, em Bruxelas, de onde se espera um eventual acordo euro-turco sobre a atual crise de refugiados.

Tent next to EC in Brussels flies flag of PKK,EU-designated terrorists. PKK-member involved in killing 37 in #Ankarapic.twitter.com/qQnNcv3RBi

— Pieter Cleppe (@pietercleppe) 16 de março de 2016

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