Radovan Karadzic cofundou, em 1989 o Partido Democrático Sérvio para formar a denominada Grande Sérvia, através da união com sérvios dos países
Radovan Karadzic cofundou, em 1989 o Partido Democrático Sérvio para formar a denominada Grande Sérvia, através da união com sérvios dos países vizinhos. Mas o projeto de divisão da Bósnia-Herzegovina, acelerado pelo referendo sobre a independência, em março de 1992, organizado por muçulmanos e croatas bósnios, atrapalha os seus objetivos. Um mês antes tenta travar as pretensões independentistas:
“Não pensem que não vão levar a Bósnia ao inferno e os muçulmanos talvez à extinção. Os muçulmanos não poderão defender-se se houver aqui uma guerra. Como podem impedir que se matem uns aos outros na Bósnia?” – Perguntava, no parlamento bósnio.
A guerra começa em abril de 1992 após o reconhecimento da independência da Bósnia pelos Estados Unidos e pela então Comunidade Económica Europeia (CEE).
Arranca uma limpeza étnica promovida pelos sérvios bósnios no leste do território. O cerco a Sarajevo, que durou 44 meses, matou pelo menos 11 mil pessoas, foi o momento mais marcante desta guerra. Seguido pelo massacre em Srebrenica, que ceifou a vida a 8 mil pessoas.
Karadzic afastou-se em 1995, sob pressão internacional. Acabou procurado por crimes de guerra e genocídio pelo Tribunal Penal Internacional para a antiga Jugoslávia. Andou fugido 12 anos. Foi detido há oito, em Belgrado, a capital da Sérvia onde se fazia passar por curandeiro.
O “carniceiro dos Balcãs”, para os seus inimigos muçulmanos e croatas bósnios, continua a ser considerado um “herói de guerra” entre os sérvios da Bósnia-Herzegovina.