Alto Carabaque: Azerbaijão e Arménia confirmam cessar-fogo

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De  Nelson Pereira
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O Azerbaijão confirmou o cessar-fogo no Alto Carabaque (Nagorno Karabakh), depois de as autoridades separatistas da autoproclamada república terem

O Azerbaijão confirmou o cessar-fogo no Alto Carabaque (Nagorno Karabakh), depois de as autoridades separatistas da autoproclamada república terem anunciado a cessação de hostilidades.

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O ministério da Defesa do Azerbaijão anunciou esta terça-feira a morte de 16 soldados em 48 horas, elevando para 64 o total de vítimas mortais de ambos os lados. Durante uma visita aos soldados feridos no conflito, o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, deixou um aviso aos separatistas:

“Reitero que o Azerbaijão decidiu unilateralmente interromper as operações militares, mas a condição é que o adversário não tire partido disso. Eles têm que respeitar o cessar-fogo e não avançar. Nós estamos a combater no nosso território”, disse Aliyev.

O presidente da Arménia, Serzh Sargsyan, tinha proposto na segunda-feira um cessar-fogo. Sargsyan, encontra-se na quarta-feira em Berlim com a chanceler alemã, Angela Merkel.

O Grupo de Minsk, da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), agendou para a tarde desta terça-feira uma reunião de emergência em Viena.

Os Estados Unidos, a França e a Rússia decidiram enviar forças de estabilização para o Azerbaijão, Arménia e Nagorno-Karabakh, com o objetivo de encorajar uma solução para o conflito no enclave, disse esta terça-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Marc Ayrault, depois de uma reunião em Paris com o seu homólogo alemão Frank-Walter Steinmeier.

Steinmeier avançou que a OSCE vai enviar também uma missão para a região.

O presidente russo, Vladimir Putin, pediu esta terça-feira à Arménia e ao Azerbaijão que respeitem o cessar-fogo na região. O mesmo pedido foi tema de conversações entre a Alta Representante da União Europeia para Política Externa e Segurança, Federica Mogherini, e os seus homólogos da Arménia e do Azerbaijão.

Um regresso ao conflito poderia envolver a Rússia, que tem uma aliança com a Arménia, e a Turquia, membro da NATO, que apoia o Azerbaijão. O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, viaja na quinta-feira para a capital azeri, Baku, enquanto o primeiro ministro da Federação Russa, Dmitry Medvedev, é esperado na capital da Arménia, Yerevan.

Os dois países envolveram-se em 1990 numa guerra pelo controlo do enclave habitado por uma maioria arménia que custou a vida a milhares de pessoas e forçou centenas de milhares a abandonar as suas casas. A trégua assinada em 1994 é instável, pois o Azerbaijão perdeu cerca de 20% do seu território.

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