O referendo está a ser feito em nove regiões costeiras, de um total de 15, no país. A região sul, Puglia foi a primeira a impulsionar a consulta.
Itália vai este domingo às urnas para um referendo sobre a perfuração de petróleo e gás ao largo do Adriático, uma questão complexa que o governo queria evitar a todo custo.
Para a votação ser válida, mais de 50 por cento do eleitorado italiano deve manifestar-se mas o primeiro-ministro Matteo Renzi incita os eleitores a ficar em casa por considerar a consulta desnecessário e prejudicial à economia.
As sondagens podem dar-lhe razão, pois indicam que o quorum não será alcançado.
O referendo concentra-se em saber se a Itália deveria parar de renovar as licenças de perfuração offshore num espço de 20 quilómteros da costa italiana, no Mar Adriático.
Novas concessões de perfuração não estão a ser entregues, mas o governo defende que os acordos antigos devem ser mantidos.
O referendo foi proposto por uma série de assembleias regionais, a maioria delas dominadas pelo próprio Partido Democrata de centro-esquerda de Renzi, tendo como princípio preocupações ambientais assim bem como o impacto sobre as suas indústrias turísticas.
Itália importa cerca de 90 por cento das suas necessidades energéticas e os sucessivos governos têm tentado impulsionar a produção doméstica e assim reduzir a dependência de fornecedores estrangeiros, como a Gazprom da Rússia. Mas a batalha está longe de ser ganha.