Em França, os protestos contra a lei do trabalho não têm fim à vista.
Em França, as greves contra o projeto de nova lei do trabalho continuam por tempo indefinido. Contra a opinião das outras centrais sindicais, a CGT lidera o movimento.
Esta terça-feira, um grupo de militantes bloqueou o acesso à refinaria de Fos-sur-Mer, perto de Marselha. É também um protesto contra a classe política: “Hollande não sabe nada sobre o mundo do trabalho. Pode ter andado nas melhores escolas, mas isso não quer dizer nada. Querem reformar a lei do trabalho sem sequer saberem o que significa a palavra trabalho”, diz o sindicalista Daniel Giovagnoli.
Hollande e o governo mantêm-se inflexíveis quanto ao projeto de lei da ministra do trabalho Myriam El Khomri. Numa entrevista ao jornal “Sud-Ouest”, o presidente reiterou que a lei é para manter. Entre os pontos mais polémicos do projeto de lei, está a maior facilidade nos despedimentos por razões económicas ou ainda o alargamento da duração máxima do tempo de trabalho semanal, das 48 para as 60 horas.
Os caminhos-de-ferro entraram em greve, por tempo ilimitado, embora aqui as razões do protesto não tenham só a ver com o projeto de lei, mas sobretudo com as modificações nos horários de trabalho decididas pela empresa pública do setor, a SNCF. A greve tem o apoio da maioria dos sindicatos e deve causar fortes perturbações.
Grève nationale reconductible : prévisions trafic du 01/06, modalités ech/remboursement sur https://t.co/tupYrBjlLcpic.twitter.com/DM4VCwREBO
— SNCF (@SNCF) May 31, 2016