Euro 2016, J1: Portugal e as dificuldades do costume

Euro 2016, J1: Portugal e as dificuldades do costume
De  Bruno Sousa

Portugal estreou-se com um amargo empate a um golo no Europeu de futebol. em Saint-Etienne, Nani adiantou a Seleção Nacional na primeira parte. Birkir Bjarnason empatou na segunda

Portugal estreou-se com um amargo empate a um golo no Europeu de futebol. em Saint-Etienne, Nani adiantou a Seleção Nacional na primeira parte. Birkir Bjarnason empatou na segunda.

O empate de Portugal frente à Islândia no encontro de estreia do Euro 2016 só veio confirmar as dificuldades que a equipa das quinas sente sempre que joga contra um bloco recuado. Não que a equipa islandesa tenha estacionado o autocarro no Geoffroy-Guichard. Os nórdicos jogaram com as armas que tinha, nunca deixaram de tentar incomodar Rui Patrício mereceram inteiramente o golo que marcaram e até podiam perfeitamente ter conquistado os três pontos.

Contra uma equipa que passa a maior parte do tempo com onze jogadores atrás da bola, dá jeito, porém, ter um maestro, um criativo capaz de tirar coelhos da cartola. João Moutinho, André Gomes e João Mário não sabem jogar mal, decidem quase sempre bem e a bola sai redonda dos seus pés… mas falta-lhes o tal rasgo de criatividade, a capacidade de ver o que mais ninguém consegue ver.


O problema agrava-se quando dois deles (João Mário e André Gomes) se vêem confinados a jogar nas alas. Não é onde rendem mais nem têm características para desequilibrar junto à linha. O resultado foi um buraco no meio-campo, um verdadeiro oásis entre Danilo e Moutinho, no meio-campo, Nani e Ronaldo (igualou Figo com 127 internacionalizações) no ataque.

Quando Portugal conseguiu construir com paciência, abriu brechas na defensiva islandesa. O golo provou isso mesmo mas foi a excepção.


Infelizmente para Portugal, o golo não veio resolver os problemas do costume e o empate islandês a abrir o segundo tempo apenas agravou a situação. Se antes, Portugal já tinha dificuldades em construir com paciência, a partir daí foi perfeitamente impossível.

Fernando Santos ainda mexeu na equipa mas não conseguiu tapar o buraco no meio-campo. Moutinho (e a espaços João Mário) era o único que o tentava fazer. Foi o primeiro a ser substituído, João Mário o segundo. A missão coube então a Renato Sanches, que tentou quebrar linhas ao seu estilo mas estava demasiado só.


Portugal jogou de forma lenta e previsível e era preciso um rasgo de génio para quebrar a muralha islandesa. O rasgo de génio nunca chegou.



Ficha de jogo


Estádio Geoffroy-Guichard, Saint-Étienne
Árbitro: Cüneyt Çakır (Turquia)

Portugal:Rui Patrício, Vieirinha, Ricardo Carvalho, Pepe, Raphaël Guerreiro, Danilo, João Mário (Ricardo Quaresma 76’), João Moutinho (Renato Sanches 71’), André Gomes (Éder 840), Nani e Cristiano Ronaldo
Treinador: Fernando Santos.

Islândia:Hannes Halldórsson, Birkir Sævarsson, Ragnar Sigurdsson, Johann Gudmundsson (Elmar Bjarnason 90’), Birkir Bjarnason (A), Kolbeinn Sigthórsson (Alfred Finnbogason, A), Gylfi Sigurdsson, Kári Árnason, Jón Dadi Bödvarsson, Aron Gunnarsson, Ari Skúlason
Treinadores: Heimir Hallgrímsson / Lars Lagerbäck

Golos: Nani (31’), Bjarnason (50’)




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