O governo francês apelou aos cidadãos a participarem no reforço da segurança do país após o atentado, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico, em Nice, na…
O governo francês apelou aos cidadãos a participarem no reforço da segurança do país após o atentado, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico, em Nice, na quinta-feira.
A ação tinha levado o governo a anunciar o prolongamento por mais três meses do estado de emergência, em vigor desde os atentados de Novembro em Paris.
O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, lançou um apelo ontem, “a todos os cidadãos patrióticos”, entre 17 e 30 anos, a tornarem-se reservistas, para reforçar a segurança, nomeadamente nas fronteiras do país.
“O papel dos reservistas vai centrar-se em duas missões fundamentais: primeiro o controlo das pessoas nas fronteiras, nas portagens, e o fluxo de pessoas em geral. Desde o restabelecimento dos controlos fronteiriços decidido em Novembro, 48 milhões de pessoas foram controladas ao longo das fronteiras, terrestres, aéreas e marítimas”, afirmou Cazeneuve.
A mobilização dos cerca de 12 mil voluntários para assistir o patrulhamento da polícia e do exército, ocorre em pleno debate sobre as possíveis falhas no dispositivo de vigilância, no Passeio dos Ingleses em Nice.
O governo decidiu igualmente reforçar a segurança nas cidades fora de Paris, mantendo a mobilização de 10 mil polícias e militares ao abrigo do plano antiterrorista.
A decisão de incluir civis no dispositivo ocorre num momento em que as forças de segurança se encontram mobilizadas, de forma excecional e intensiva, desde Janeiro do ano passado.