Europa investe mais no Egito

Reportagem de Mohammed Shaikhibrahim, no Cairo
O investimento europeu no país mais povoado do mundo árabe e o empréstimo contraído pelo Egito junto do FMI são alguns dos temas discutidos na conferência Euromoney que abriu esta segunda-feira no Cairo.
A ministra egípcia para a Cooperação, Sahar Nasr, comentou a notícia do acordo com o Banco Europeu de Investimento, que prevê uma ajuda de cerca de 500 milhões de euros às pequenas e médias empresas: “Conseguimos duplicar o montante que recebemos do Banco Europeu de Investimento, destinado ao setor privado. Queremos desenvolver o setor privado no Egito através da cooperação com as instituições internacionais, com financiamentos a longo prazo”, disse.
Amr Almuniry, conselheiro do Ministério das Finanças, acrescenta, a propósito dos planos de reforma da economia egípcia: “O nosso plano inclui uma reforma detalhada aos níveis económico, financeiro e fiscal. É um plano feito em cooperação com as instituições internacionais e que tem o apoio delas”.
A revista de investimento Euromoney organiza conferências sobre o tema do investimento em mais de 60 países. Depois do Egito, será a vez do Kuwait.
Para Alex Cobos, da Euromoney Learning solutions, o Egito precisa de encontrar novos investidores: “O governo quer relançar a atividade, a economia do país, mas continua a precisar do apoio de outras regiões”.
“Para os investidores árabes e estrangeiros, esta conferência representa uma oportunidade de analisar o programa de reformas do governo e perceber se existe, ou não, uma estrutura atrativa
para o investimento, tendo em conta os desafios atuais, tanto em termos sociais, como em termos de segurança”, remata o correspondente da euronews no Cairo, Mohammed Shaikhibrahim.