Primeira Guerra Mundial moldou o mundo em que vivemos

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De Paris a Londres, da Austrália aos Estados Unidos, é a alegria generalizada, após quatro anos de uma guerra terrível que, pela primeira vez, foi mundial.

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De Paris a Londres, da Austrália aos Estados Unidos, é a alegria generalizada, após quatro anos de uma guerra terrível que, pela primeira vez, foi mundial. O dia 11 de novembro, Dia do Armísticio ficou consagrado como o Dia da Memória para evocar aqueles que não puderam celebrar o fim do caos em que o mundo mergulhou.

Do balcão do Palácio de Buckingham a família real saúdou a multidão que celebrava o armistício, nesta data, em 1918. O conflito começara no verão de 1914.

Cem anos depois, uma grande cerimónia em Londres prestou homenagem aos 888.246 soldados do império britânico mortos em combate. A cidade e o país encheram-se de papoilas, a flôr que se tornou símbolo do sacrifício de todos os países da Commonwealth.

Nos campos de batalha da Flandres, na Bélgica, o país que sofreu a guerra do princípio ao fim, alheias à destruição, floriam milhares de papoilas. O médico canadiano McCrae, depois de enterrar um amigo escreveu as linhas de um poema que tornaria as papoilas o símbolo da memória aos mortos. É aqui que reposam os corpos de soldados de todos os países envolvidos no conflito.

Nas paredes da Porta de Menin, em Ypres – onde ocorreram as batalhas mais ferozes – figuram os nomes de milhares de soldados cujos corpos nunca foram encontrados. Os descendentes continuam a vir aqui à procura dos nomes dos antepassados.

“Era o tio-avô da minha mulher. Foi morto em Polygon Wood no dia 7 de outubro de 1917”, explica o australiano Stephen Vassee.

O traumatismo desta primeira Grande Guerra foi tal que a memória continua a transmitir-se nas famílias de geração,
e não apenas entre os que perderam alguém, como explica a historiadora e perita neste conflito, Margaret MacMillan da Universidade de Oxford:
“Foi há cem anos a Primeira Guerra Mundial mas continua a moldar o mundo em que vivemos. Sem esta guerra não teriam desaparecido os impérios Austro-Húngaro e Otomano. Penso que certamente os bolcheviques não teriam tomado o poder na Rússia em 1917. E quando pensamos tudo o que decorreu daí – moldou todo o século XX. A Primeira Guerra Mundial também criou as condições que tornaram possível a Segunda Guerra Mundial”.

O conflito envolveu mais de 30 países – da Rússia aos Estados Unidos; da Austrália à Nova Zelândia, da Índia ao Japão. Já não sobreviventes desse tempo, mas a memória continua bem viva.

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