Segundo a Cruz Vermelha espanhola, só durante a manhã foram atendidos mais de 400 feridos.
Apesar das mãos ensanguentadas e dos muitos ferimentos, causados pelo arame farpado e pelas quedas, foi com gritos de alegria e vivas a Espanha e à liberdade que centenas de migrantes chegaram esta sexta-feira a solo espanhol, depois de terem saltado o muro que separa Marrocos do enclave espanhol de Ceuta, no norte de África.
Os enclaves espanhóis de Ceuta e Melilha são, para muitos, portas de entrada na Europa, o que levou o governo de Espanha a mandar erguer, em meados da década passada, cercas duplas com seis metros de altura e vários quilómetros de comprimento.
Isso não impediu que, até agora, milhares de migrantes, na maioria vindos da África Subsaariana, tenham saltado as duas cercas. Segundo a Cruz Vermelha espanhola, só durante a manhã foram atendidos mais de 400 feridos.
Entretanto, Marrocos ameaça deixar de controlar os fluxos migratórios, caso não seja resolvido um diferendo agrícola com a União Europeia.
500 migrants cross border into Spanish enclave of Ceuta – many wounded from climbing over fence, shouting “freedom” https://t.co/Hi8lcCtpz6pic.twitter.com/pwr69nhBA8
— Thomson Reuters Fdn (@TR_Foundation) February 17, 2017
#Morocco transmitted today a clear message to #EU that any attempt to undermine the trade agreement will have a catastrophic results#Ceuta
— Anas Mechach (@AnasMechch) February 17, 2017