Emmanuel Macron é o candidato do partido do dinheiro, eu sou a esquerda genuína – eis o acento principal do comício deste domingo do socialista Benoît Hamon em…
Emmanuel Macron é o candidato do partido do dinheiro, eu sou a esquerda genuína – eis o acento principal do comício deste domingo do socialista Benoît Hamon em Paris.
Com as sondagens a prometer aproximadamente os mesmos 26% de votos a Emmanuel Macron e Marine Le Pen na primeira volta das presidenciais francesas, Benoît Hamon apontou contra Macron as armas mais pesadas:
“O partido do dinheiro tem demasiados candidatos nestas eleições. Há vários nomes, vários rostos e até vários partidos. O dinheiro introduziu os seus tentáculos nestas presidenciais.”
“A minha família é a esquerda, a minha identidade é a esquerda, a minha vida é a esquerda, o meu combate é a esquerda, o meu orguho é a esquerda”, continuou.
Quanto ao Frente Nacional e Marine Le Pen, o candidato socialista avisa: não se mata a doença com a infeção:
“Como poderia o programa liberal que fez prosperar a extrema direita em toda a Europa ser hoje um travão ao avanço do Frente Nacional?”
François Fillion teve também direito a críticas. Hamon recordou o projeto da direita que quer impor a língua francesa a operários estrangeiros que trabalhem em obras do Estado, para lembrar a Fillion e aos seus aliados que a França foi reconstruída com o trabalho dos operários portugueses, polacos, espanhóis e marroquinos.
Os resultados da sondagem mais recente concedem a Benoît Hamon 12,5% das intenções de voto, entre os 19% de François Fillon e os 10,5% de Jean-Luc Mélenchon.