Manuel Valls diz que vai votar por Emmanuel Macron

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De  Antonio Oliveira E Silva  com AFP
Manuel Valls diz que vai votar por Emmanuel Macron

Com AFP

Manuel Valls, o antigo primeiro-ministro socialista francês, disse que tinha a intenção de votar, já na primeira volta, no candidato centrista independente Emmanuel Macron, nas eleições presidenciais de abril e, caso haja uma segunda volta, maio.

A verdade é que o antigo primeiro-ministro francês se foi distanciando progressivamente do candidato socialista, Benoît Hamon.


Macron agradeceu a Valls a intenção, mas garantiu, numa entrevista a uma rádio francesa, que não tinha a intenção de incorporar, num possível novo Executivo, membros de governos anteriores.

Valls, por seu lado, justificou a decisão com o facto de não querer correr riscos que possam prejudicar a República, tendo em conta a candidata da Frente Nacional, Marine Le Pen.


Le Pen deverá passar, tal como Macron, à segunda volta das presidências, a realizar em maio, segundo as sondagens mais recentes.

No entanto, de acordo com a lei francesa, se um dos candidatos conseguir, na primeira volta, pelo menos 50% dos votos, a não haverá segunda volta.

Tal nunca aconteceu, no entanto, em toda a V República.

“O interesse superior do país, o interesse superior de França, é mais importante do que as regras de um partido político, de umas eleições primárias ou de uma comissão”, disse Valls a um conhecido canal privado de informação nacional.

Manuel Valls saiu derrotado nas primárias socialistas, falhando assim o objetivo de ser o candidato do PS às presidenciais.

Este é mais um apoio importante do campo socialista para Macron, depois da preferência manifestada pelo ministro da Defesa, Jean-Yves Le Drian.

Candidato do PS em baixa nas sondagens
Benoît Hamon parecia antever a decisão do antigo primeiro-ministro, ao denunciar, dias antes, novos apoios a outros candidatos como tentativa de enfraquecimento da sua candidatura.

Hamon tem perdido pontos nas sondagens relativas às intenções de voto. Com resultados entre os 10% e os 11%, parece difícil que venha a ser um dos candidatos presentes na segunda volta.

Bernard Accoyer, Secretário geral dos Republicanos (centro-direita), criticou o PS, partido que disse encontrar-se em plena decomposição, depois das diferentes manifestações de apoio dos membros do Governo Hollande relativas ao candidato Emmanuel Macron.